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quinta-feira, 11 de março de 2010

Trabalhadoras apóiam abaixo-assinado contra salário desigual


A sugestão do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, de fazer abaixo-assinado para cobrar dos patrões e governos a igualdade salarial entre mulheres e homens conta com o apoio de inúmeras sindicalistas da Central.
"A iniciativa das trabalhadoras servirá para mobilizar as bases, as mulheres ficarão mais atentas para fiscalizar e o documento contribuirá para quebrar esta estrutura arraigada no País e ser desenvolvidas políticas afirmativas", declarou Nair Goulart, presidente da Força Sindical Bahia.
Para Maria de Fátima Coelho, presidente da Força Sindical Amapá, as mulheres vão topar assinar porque é um meio de obrigar as empresas a cumprir a lei porque a igualdade salarial é prevista na Constituição e na CLT. "É duro trabalhar igual ou melhor e ganhar menos", disse.
Ana Maria Silva Carneiro, presidente do Sindicato dos Desenhistas de Fortaleza (CE), afirmou que é importantíssimo traçar uma estratégia para que se cumpra a lei. "Só conseguiremos se nos movimentarmos. É como a Lei Maria da Penha, que só foi aplicada quando as mulheres se mobilizaram", destacou.
Maria Dionísia Pinheiros, presidente da Colônia de Pescadores de Envira (AM), considerou a idéia boa. Na sua opinião, a desigualdade depende do cargo que mulheres e homens ocupam. "As mulheres vão aderir e será uma forma de obrigar os patrões a negociarem com as trabalhadoras", completou Ana Maria Costa e Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Goiás e Tocantins.
Gláucia Maria Andrade, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Cáceres (MT), afirmou que as mulheres da área de frigoríficos reclamam muito do salário desigual. "É um absurdo fazer o mesmo serviço e ganhar menos".
As trabalhadoras do funcionalismo público não enfrentam este problema, informou Marildes Bandeira da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Habitação de Campo Grande (MS). Segundo ela, o setor público tem normas e leis específicas que impedem a discriminação.
"Aqui, às vezes, as mulheres tem salários maiores do que os dos homens", ressaltou Adenilda Leite Messias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo André."Aqui não temos diferenças salariais tão excessivas, mas os homens são promovidos mais facilmente que as mulheres", observou Vilma de Araújo Andrade, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Teresópolis (RJ). Adenilda e Vilma também apoiaram a idéia.

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